Por volta das 17 horas de sábado (15/08), conectei-me à primeira edição da Conferência Latinoamericana de Jornalismo Investigativo, organizada por Instituto Prensa y Sociedad (IPYS) e Transparencia Internacional com apoio da Fundação Ford e do Open Society Institute. Nestes últimos quatro dias - a COLPIN encerrou-se por volta das 15h30 desta terça-feira -, com maior intensidade nos dois primeiros, foi possível acompanhar relatos de jornalistas de diversos países: México, Costa Rica, Argentina, Panamá, Colômbia, Equador, Nicarágua, Venezuela, Peru, Chile, Bolívia e, claro, Brasil. Além disso, houve relatos de jornalistas dos EUA e da Espanha.
A partir dos relatos, foi possível perceber que as dificuldades que o jornalismo investigativo encontra não se limitam aos profissionais brasileiros. Foram dados e mais dados sobre os riscos que os jornalistas enfrentam no dia a dia da profissão na tentativa de buscar todos os lados de um fato, normalmente, aquele que vitima a sociedade e que tem nome e endereço. A dificuldade está em encontrá-los e estabelecer as conexões necessárias para reportar o que acontece referente a temas como gastos do setor público, desvio de verbas, agressões ao meio ambiente, crime organizado, narcotráfico, dentre tantos outros que afetam os cidadãos, direta ou indiretamente.
Queria que todos os meus alunos tivessem acompanhado, pois os relatos mostraram o que reiteradamente digo em sala de aula. É preciso ouvir, buscar o que está além do que se apresenta a nossos olhos e ouvidos. E primando pela ética. Na tentativa de atingir pelo menos aqueles alunos que me seguem no Twitter, busquei postar alguns pontos importantes, ao mesmo tempo em que retwittava informações postadas por @IPYS.
Acredito que a transmissão on-line de eventos (conferências, defesas de dissertações e teses, dentre outros) sobre jornalismo pode configurar excelente material didático, principalmente se há audiência simultânea de professores e alunos, pois podem interagir e discutir em outros ambientes de comunicação síncrona e/ou assíncrona sobre o que está sendo dito.
Há, obviamente, problemas no tocante às transmissões. Uma dificuldade está na simultaneidade dos eventos – enquanto escrevo este post e a COLPIN se encerra, acompanho o FOCAS (Forum on Communications and Society), transmitido por The Aspen Institute –, o que poderia ser solucionado por meio de download dos vídeos, algo que tem sido disponibilizado por algumas instituições após a transmissão via streaming. Outras dificuldades parecem estar relacionadas à largura de banda para recepção ou à capacidade do servidor para transmissão.
Entretanto, mesmo diante desses problemas técnicos, tendo a pensar que esse recurso tem enorme potencial no ensino de jornalismo e que, com a disponibilização cada vez maior de conexões, inclusive Wi-Fi, poderemos enriquecer nossas aulas oferecendo conteúdos que dialoguem conosco, concretizando nosso papel de facilitadores e mediadores no processo de aprendizagem dos alunos.
18 de ago. de 2009
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